quarta-feira, 24 de março de 2010

Defendendo posturas criminosas

Mais uma vez a morte de Isabela de Oliveira Nardoni toma o noticiário nacional. Um crime realmente inaceitável, em se tratando do envolvimento do pai de Isabela na autoria. No entanto, o que parece mais inaceitável nisso tudo é o posicionamento de Antonio Nardoni, avô de Isabela, assumindo claramente o comando da defesa de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá, como se eles fossem completamente inocentes, ao invés de, como advogado que é, se colocar numa postura de absoluta isenção no julgamento desse caso. A inaceitabilidade da postura assumida por Antonio Nardoni se baseia no fato de que os indícios periciais são categóricos em apontar o casal como autor do crime. Recentemente, no Rio de Janeiro, o filho de um coronel da Polícia Militar foi flagrado em grave delito. O pai coronel não levantou uma palavra em favor do filho, apenas dizendo que ele devia ser punido, já que nesse caso, o jovem filho foi flagrado no delito.


Enquanto o tempo passou, desde a morte de Isabela até hoje, tempo do julgamento, foi possível para a sociedade apreciar tudo que foi exposto pelas declarações dos envolvidos, tais como peritos, ministério público, defesa e familiares. Para uma pessoa perspicaz é razoavelmente fácil tirar conclusões sobre tudo que foi exposto. Para mim, uma coisa se destaca: a insistência de Antonio Nardoni em defender a inocência do casal, especialmente de Alexandre Nardoni. A impressão que sinto é de que Antonio Nardoni está mais preocupado em defender o nome da família, o nome do seu escritório de advocacia, o manchamento do seu próprio nome como advogado tributarista, sem se preocupar com a verdade. Tenho a sensação, também, de que Antonio Nardoni é uma espécie de grande chefão mafioso, que se coloca num pedestal de todo poderoso, acima do bem e do mal, defendendo a exclusividade de seus pontos de vista. Minha também é a percepção de que Antonio Nardoni exerce esse poder desde o nascimento de Isabela, impedindo, segundo se informa, que Alexandre e Ana Carolina de Oliveira, mãe de Isabela, continuassem juntos, determinando, inclusive, que tipo de relacionamento deveria existir doravante entre Alexandre Nardoni e a mãe da menina, além de tomar a frente das negociações de possíveis pensões a serem pagas.

Percebo também que Alexandre Nardoni não tem uma personalidade forte, deixando-se dirigir pela cabeça do pai, já que, no dia do crime, ao invés de ligar para um socorro ou para a polícia, ligou para ele como se quisesse pedir instruções para se safar da situação. Vejo também um Alexandre Nardoni dominado pela histérica Ana Carolina Jatobá que, para mim, está no centro da autoria do crime, visto que parece ter uma personalidade instável.

Em síntese, a família Nardoni, do meu ponto de vista, se comporta como um daqueles clãs mafiosos que foram retratados na série O Poderoso Chefão. E como a família Nardoni, especialmente o seu patriarca, existem muitas em nosso país, notadamente do meio político. Resta à sociedade estar sempre atenta para tais comportamentos e, quando possível, agir contra isso.

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