sexta-feira, 3 de junho de 2011

Tudo continua como dantes no quartel de Abrantes

Não votei no PT. Não votei na dona Dilma. Eu não gosto da postura do PT. Eu não gosto da postura deselegante do senhor Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso fui muito criticado por aqueles que acreditaram que a dona Dilma iria resolver todos os problemas do Brasil, que ia dar continuidade no "maravilhoso" governo da Bolsa Família do senhor Lula. Sempre responde às críticas dizendo que estava aguardando o dia 1 de janeiro de 2012, quando o governo de dona Dilma completaria um ano. Mas não foi preciso esperar. Muito antes começaram as desavenças entre o PT e o PMDB por causa dessa maldita briga por cargos no governo. Agora, após cinco meses, surge o escândalo do senhor Antonio Palocci, ocupante do cargo de Ministro da Casa Civil, com a notícia de seu enriquecimento meteórico, mais meteórico que o sucesso do garoto Luan Santana, possivelmente às custas de sua visibilidade por estar envolvido de alguma forma no governo, mesmo depois do escândalo do governo da cidade de Ribeirão Preto e do caso do caseiro Francenildo.
Vejo também a figura do atual vice-presidente, advogado Michel Temer, tranquilo e calmo porque sabe que, no caso de qualquer turbulência ou desabamento do PT, ele assumirá a presidência do país, ficando tudo nas mãos do PMDB. Vejo cobra comendo cobra. Um bando de Ali-Babás procurando se locupletar do dinheiro público, tanto no executivo quanto no legislativo. E isso acontecendo não somente entre os que pertencem ao PT e ao PMDB, mas a todos os partidos. Até no PV ecológico onde Marina Silva aportou há sinais de ranços de velhas raposas que não querem "largar o osso"". Velhas e novas raposas procurando arrumarem suas vidas, mantendo, inclusive, o velho nepotismo de forma camuflada, enquanto que as reais necessidades do país continuam sem atendimento. Ficamos a reclamar de melhor atendimento de saúde, de salários dignos para os professores, de uma autêntica segurança pública, de melhores aeroportos e outros meios de locomoção e outras coisas mais, e nada!
O povo vota mau? Claro que sim! O eleitor não se preocupa em pesquisar a folha corrida do candidato. Vota no que mente mais, no que promete mais e que acaba não cumprindo nada. Essa situação só terá uma melhoria quando o eleitor usar a razão para escolher o receptor do seu voto. Essa situação só terá uma melhoria quando o povo, no interregno das eleições, botar a boca no trombone, perturbando os atuais políticos com chamadas de atenção pelo que não estão fazendo.
Por isso eu só posso dizer: "Acorda, povo!"

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vida de gado, povo marcado

Estamos em pleno verão, quando as chuvas caem copiosamente sobre as grandes metrópoles alagando tudo, invadindo residências, destruindo bens, desabrigando famílias, graças ao descaso dos governantes municipais que não exercem qualquer ação que efetivamente resolva esses problemas. Junte-se a isso o alto grau de desordem nas áreas invadidas, áreas essas de alto risco, onde se vêem barracos empoleirados uns sobre os outros, separados apenas por vielas estreitas que serpenteiam entre os mesmos cruzando com valas negras, na maior imundície, numa total sujeira. Descaso também das autoridades municipais que não fiscalizam tais invasões no sentido de impedí-las de surgirem. A visão, a partir dos helicópteros das emissoras de televisão, é tétrica, desoladora, entristecedora.

É monumental o montante de impostos que é arrecadado compulsoriamente de nossos salários mas não vemos essa dinheirada ser aplicada em moradias decentes, construídas em áreas adequadamente urbanizadas e saneadas. Esse povo, que por força das circunstâncias é obrigado a fixar residência nessas condições me faz lembrar o poeta do povo Zé Ramalho, quando diz:

Vida de gado (Zé Ramalho)

Vocês que fazem parte dessa massa,
Que passa nos projetos, do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais, do que receber.
E ter que demonstrar, sua coragem
A margem do que possa aparecer.
E ver que toda essa, engrenagem
Já sente a ferrugem, lhe comer.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

O povo, foge da ignorância
Apesar de viver tão perto dela
E sonham com melhores, tempos idos
Contemplam essa vida, numa cela
Esperam nova possibilidade
De verem esse mundo, se acabar
A arca de Noé, o dirigível
Não voam, nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz

Copie o link todo até ! e assista.
http://www.youtube.com/watch?v=gQ2sQk9q-30&feature=player_embedded#!

Que Deus tenha misericórdia do Brasil!

Observatório Nacional: Curso gratuito no ON

Observatório Nacional: Curso gratuito no ON: "Lembramos que ainda estão abertas as inscrições para o Curso de Ensino a Distância 2011, Evolução Estelar, do Observatório Nacional. O curs..."