sábado, 27 de fevereiro de 2010

O futuro do Brasil (Criado em 19/09/2006)

Tenho acompanhado, com muita atenção, o noticiário político nacional, especialmente no horário eleitoral gratuito. Vejo, com tristeza, a mediocridade da maioria esmagadora dos candidatos. Pessoas que não têem a menor noção do que seja exercer um cargo público e do que cada um deles significa perante a sociedade. Vejo toda a sorte de equívocos. A maioria fazendo promessas que se acham a anos-luz do que seja a atribuição do cargo pretendido, como um candidato nordestino a deputado que prometeu, se for eleito, distribuir leite gelado encanado para os eleitores. Vários, que por terem em algum tempo iniciado uma atividade pessoal de ação social, pretendem se valer de verbas públicas, sob a administração dos cargos pretendidos, para sustentarem tais empreendimentos e se auto-promoverem em suas áreas de atuação. Não vejo nenhum candidato ao parlamento demonstrando conhecimento e interesse na atuação legislativa pura e simples e na fiscalização do poder executivo que lhe é afeto. Não vejo sinais, na maioria dos candidatos aos cargos executivos, nos seus diversos níveis, de que vão se dedicar à resolução dos principais problemas que afetam o desenvolvimento do bem estar do povo: educação básica sólida, trabalho, segurança pública e saúde. O que vejo são crianças, no interior do país, remando duas horas numa canoa velha e precária, para chegarem a um barraco que chamam de escola, onde uma professora, sem apoio governamental, leciona séries simultaneas. Vejo famílias navegando o dia inteiro para chegarem a uma cidade, nela pernoitarem e, no dia seguinte, disputarem uma das cinco senhas disponíveis para atendimento. Vejo rodovias federais, que mais parecem alvos de bombardeio aéreo, destruindo o material rodante rodoviário de quem paga um imposto escorchante e, às vezes, encaminhando vidas para o cemitério. Vejo governantes atuais distribuindo dinheiro e comida de forma paternalista, que patrícios necessitados e mau informados agarram vorazmente sem procurarem saber a origem dos recursos que sustentam tais benesses e o real interesse de quem promoveu tal distribuição gratuita.


Aí eu pergunto: QUAL É O FUTURO DO BRASIL?



Choro e clamo: "AGNUS DEI QUI TOLLIS PECATA MUNDI, MISERE NOBIS!"

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