sábado, 27 de fevereiro de 2010

Maus Servidores Públicos (Criado em 7 de outubro de 2007)

A semana que se fecha neste domingo (7 de outubro de 2007) continuou recheada de notícias que estarrecem o país. Senão vejamos.

Ficamos sabendo da mais nova denúncia contra o senhor Renan Calheiros, que possui mandato de senador e ocupa a cadeira de presidente do Senado Federal. Ela se refere ao possível envolvimento desse senhor numa tentativa de constranger os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO), Marconi Perillo (PSDB-GO), da oposição, é claro, e até mesmo outros de seu partido (PMDB) que se posicionaram a favor de sua condenação. Para tanto, segundo a denúncia, Renan Calheiros estaria se valendo de espionagem, através de assessores, em busca de dados da vida particular de seus adversários com o objetivo de chantageá-los. Junte-se a isso a figura prosaica do senador caroneiro (suplente não eleito) Wellington Salgado, defensor de Renan Calheiros, que não foi sufragado pelos eleitores e que, deselegantemente, só diz bobagens.

Não podemos deixar à margem de nossa reflexão a figura não menos despida de confiabilidade do senhor Romero Jucá, sobre o qual pairam suspeitas do uso de laranjas para controlar duas emissoras de rádio e TV, como se suspeita que Renan Calheiros faz com "seus" jornais no seu estado curral, a pobre Alagoas da guerreira Heloisa Helena.

E mais: Dois senadores da mais alta confiabilidade - Pedro Simon e Jarbas Vasconcelos - que têm se manifestado pelo afastamento de Renan Calheiros, são afastados da comissão de constituição e justiça. Isso é prova inequívoca de interferência do presidente do senado através de algum tipo de constrangimento de quem preside a citada comissão, com base, provavelmente e algum tipo de chantagem. Como se diz no popular, o presidente da CCJ do senado federal deve ter o "rabo preso" com o senhor Renan Calheiros. Está encabrestado por ele.

Como a sociedade brasileira pode confiar neste senado, com apenas 35 senadores fiéis a ela? Quarenta senadores traíram a sociedade brasileira e seis outros ficaram em cima do muro. Traíram porque não foram a favor da ética parlamentar. Entendemos que ética parlamentar é o padrão de comportamento da pessoa sobre a qual não paira qualquer suposição de alguma atitude que o mesmo tenha cometido visando benefício particular. Um parlamentar tem de ser um sacerdote que atua em prol das necessidades da sociedade, e não uma pessoa que se utilize do seu cargo, e do poder que ele detém, para alcançar proveito próprio.

Como podemos confiar em um senado composto de pessoas que enganam o povo em benefício próprio?

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